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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Festa da Apresentação de Nossa Senhora - dia 21 de novembro.

 


O dia 21 de novembro é marcado no calendário de toda a Igreja como o dia da festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Tal fato não é narrado nos Evangelhos, mas sim, nos escritos chamados de proto-evangelho de Tiago.

Conta-nos, de acordo com a tradição, que os justos Joaquim e Ana, fizeram um voto ao Altíssimo, prometendo consagrar a Deus a criança que Deus lhes concedesse. Após anos de espera, nasceu sua filha, a quem chamaram de Maria.

Quando a menina completou três anos, os pais a levaram ao Templo, acompanhada por virgens com lamparinas, e a colocaram então no primeiro degrau da escadaria do Templo. De acordo com a antiga tradição, Maria subiu os quinze degraus do Templo sozinha, sem olhar para trás. No alto da escadaria a esperava o sumo sacerdote que, cheio do Espírito Santo, levou-a não só até o altar, mas a introduziu no Santo dos Santos onde, de acordo com a Lei, onde ninguém poderia entrar além do sumo sacerdote em exercício que, por sua vez só podia entrar uma vez por ano ali.

Todo o povo ficou maravilhado e assustando com a cena e os próprios anjos de Deus ficaram extasiados. Assim nos fala uma antífona cantada sagrada Liturgia no Oriente:

Os Anjos, vendo a entrada da Puríssima Virgem,

admiraram-se com o fato dela entrar no Santo dos Santos.

Que nenhuma mão profana a toque, ela que é a Arca viva de Deus;

mas que os lábios dos fiéis cantem sem cessar à Mãe de Deus,

a saudação do Anjo, clamando com entusiasmo:

Ó Virgem Pura, sois realmente a mais alta de todas as criaturas!

A vida da Santíssima Virgem no Templo é muito digna de ser meditada, pois é a continuação do seu oferecimento ao Senhor e, portanto, também nessa vida podemos encontrar grandes ensinamentos para nós.

 

Vida de Oração

O Templo é chamado com razão casa de oração. Em qualquer parte, podemos rezar a Deus, porém, o Templo é o lugar próprio da oração. Por isso Maria não se contenta com aquela comunicação que tinha com Deus em sua casa, mas queria ir ao Templo para levar ali uma vida de mais oração.

Leitor, contempla essa jovenzinha toda pura, inocente, cândida, prostrada no Templo orando e falando com Deus. Quão íntima com Deus e Deus para com Ela. Que fervor de oração! Que exemplo para nós católicos.

Examina, leitor, com este exemplo, as qualidades da oração: humildade, atenção, confiança, perseverança. Naquela menina prostrada por terra vemos o modelo pronto e acabado de perfeita oração. Depois de fazer este exame, coloque esta menina ao seu lado e compare as orações dela com as suas.

O que se parece? Repare bem, quando vamos ao templo, isto é, à igreja, é com essas qualidades que devemos ornar nossas orações, é assim que devemos tratar com Deus.


Diz São Boaventura, que Maria fazia oração ao Senhor sete vezes ao dia e que nessas orações fazia sete súplicas:

1 – Amá-lo com todo o seu coração;

2 – Amar ao próximo em Deus e por Deus;

3 – Ter um ódio implacável a todo o pecado e a toda a imperfeição;

4 – Uma humildade profunda, e com ela todas as virtudes, especialmente a pureza imaculada;

5 – A graça de poder conhecer o Messias prometido;

6 – Ser muito obediente aos sacerdotes representantes de Deus, e deixar-se dirigir por eles para assim fazer sempre a sua divina vontade;

7 – Que o Senhor mandasse quanto antes o Redentor para a salvação do mundo.

Não lhe parece que também devemos pedir coisas semelhantes?

 

Vida de Santificação

O Templo é também casa de santificação. Assim, Deus levou ali Maria para prepará-la para o seu altíssimo destino de ser Mãe de Deus. Lembre-se que, mais tarde, Jesus, antes da sua vida pública, também se retirará ao deserto, deixará a sua casa e se afastará para longe do mundo para ali tratar mais a sós com Deus.

Imagine a vida de recolhimento interior e exterior junta com a prática da mortificação que levaria a Santíssima Virgem no Templo. É a imagem da vida interior da alma. Quanto nos agrada a vida exterior, a vida neste mundo.

Ainda que esta seja boa, ainda que façamos mais pela glória de Deus quando exteriormente trabalhamos mais, e nos movemos mais, no entanto, toda a vida de apostolado que não tenha por fundamento a vida interior, a vida de oração, é completamente inútil. Deus não a abençoa e, portanto, ela não frutifica. – É belo trabalhar pelos outros, porém temos de trabalhar primeiro por nós mesmos, por nossa santificação.

Leitor, Peça a Maria muito amor ao retiro, ao silêncio e à oração, enfim, à vida interior da alma.

 

Vida de trabalho

Em Deus e para Deus, foi sempre assim que Maria procedeu; mas agora no Templo, de um modo especial todo o seu trabalho seria para Deus. Esta pequena donzela entregue com afã ao trabalho do asseio e limpeza das coisas do culto; que amore que devoção não acompanhariam o seu trabalho?!

Todas as coisas ainda as mais pequenas, que se fazem por Deus, tem um valor imenso. – No serviço de Deus nada é pequeno. É necessário aprendermos a dirigir a Deus todo o trabalho e obras das nossas mãos, para que assim cresçamos em amor e em merecimento perante Ele, sabendo que nada disto ficará sem altíssima recompensa.

 

Conclusão

Esta Festa da Apresentação da Virgem Maria no Templo ocorre um pouco antes do Natal do Senhor, por que?

A liturgia nos faz um convite, nos chama a uma mais profunda e esmerada preparação para que possamos viver este tempo de graça em plenitude. Maria preparou-se desde a mais tenra infância para ser, ela mesma o “templo” do Altíssimo. Quando São Gabriel anunciou a encarnação do Verbo ele disse: “Não temas Maria, pois encontraste graça diante de Deus”. E Nossa Senhora lhe deu sua resposta, um sim que enaltece a humildade e destrona o orgulho de todo coração que confia, espera e quer imitar esta Santa Mãe.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

domingo, 10 de novembro de 2024

domingo, 13 de outubro de 2024

Nossa Senhora Aparecida - A Mensagem para o Brasil (Prof. Raphael Tonon)

 


Oração de Dom Sebastião Leme:

"Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente! Tende compaixão do vosso povo! Socorrei os pobres! Consolai os aflitos! Iluminai os que não têm fé! Convertei os pecadores! Curai os nossos enfermos! Protegei as criancinhas! Lembrai-vos dos nossos parentes e benfeitores! Guiai a mocidade! Guardai nossas famílias! Visitais os encarcerados! Norteai os navegantes! Ajudai os operários! Orientai o nosso Clero! Assisti os nossos bispos! Conservai o Santo Padre! Defendei a Santa Igreja! Esclarecei o nosso Governo! Ouvi os que estão presentes! Não vos esqueçais dos ausentes! Paz ao nosso povo! Tranquilidade para a nossa terra! Prosperidade para o Brasil! Salvação a nossa Pátria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, o Brasil em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil tudo espera de vós! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama! Salve, Rainha! Amém!"

AS SETE DORES DE SÃO JOSÉ (E a devoção dos sete domingos para a festa de 19 de março):

As dores e alegrias de São José

(Fonte: Opus Dei)

Os sete domingos de São José são um costume da Igreja para preparar a festa de 19 de março. Meditar sobre as “dores e alegrias de São José” nos ajuda a conhecer melhor o santo Patriarca e a lembrar que ele também enfrentou alegrias e dificuldades.

 Nos sete domingos anteriores à festa de São José, a Igreja convida-nos a contemplar a vida do Pai de Jesus.

O Papa Gregório XVI inscreveu a festa de São José no calendário de toda a Igreja em 1621, e fomentou a devoção dos sete domingos de São José, concedendo-lhe muitas indulgências.

O Santo Padre Pio IX outorgou-lhes atualidade perene com o seu desejo de que se recorresse a S. José para acudir à então situação aflitiva da Igreja universal.

Um antigo costume da Igreja encoraja os fiéis a acudir ao pai adotivo de Jesus, de forma mais assídua ao longo dos sete Domingos que precedem a sua festa, com vista a considerar aspectos, muitas vezes menos conhecidos, daquele que é Padroeiro da Igreja Universal.

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Meditações para cada um dos 7 Domingos de São José

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As sete dores e alegrias de São José

Primeira Dor: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo (Mt 1,18).

Primeira Alegria: O anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo (Mt 1, 20-21).

 


Segunda Dor: Veio para o que era seu, e os seus não o acolheram (Jo 1,1).

Segunda Alegria: Foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura (Lc 2,16).

 


Terceira Dor: Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido (Lc 2,21).

Terceira Alegria: A quem porás o nome de Jesus, será chamado Filho do Altíssimo..., e o seu reino não terá fim (Lc 1, 31 e 32).

 


Quarta Dor: Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações (Lc 2, 34).

Quarta Alegria: Porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações (Lc 2, 30.32).

 


Quinta Dor: O Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! (Mt 2,13).

Quinta Alegria: Ali ficou até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 'Do Egito chamei o meu Filho' (Mt 2,15)

 


Sexta Dor: José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, entrou na terra de Israel. Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá (Mt 2, 22).

Sexta Alegria: Depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno (Mt 2,23).

 


Sétima Dor: Começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura (Lc2, 44)

Sétima Alegria: Três dias depois, O encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas (Lc 2,45 )

 

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Como é que São Josemaria imaginava São José?

Eu imagino-o jovem, forte, talvez com alguns anos mais do que a Virgem, mas na plenitude da vida e do vigor humano. Sabemos, porém, que não era uma pessoa rica: era um trabalhador, como milhões de outros homens em todo o mundo; exercia o ofício fatigante e humilde que Deus havia escolhido para Si ao tomar a nossa carne e ao querer viver trinta anos entre nós como outra pessoa qualquer.

A Sagrada Escritura diz-nos que José era artesão. Vários Padres acrescentam que foi carpinteiro. Das narrações evangélicas depreende-se a grande personalidade humana de José: em nenhum momento surge aos nossos olhos como um homem apoucado ou assustado perante a vida; pelo contrário, sabe enfrentar os problemas, ultrapassar as situações difíceis, assumir com responsabilidade e iniciativa as tarefas que lhe são confiadas. (É Cristo que passa, n. 40).

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Novena a São João Paulo II

 



Reze conosco a novena a São João Paulo II, um dos maiores santos de nossos tempos, grande defensor da vida e das famílias.

São João Paulo II foi um dos papas mais amados da história. Teve o terceiro mais longevo papado da história e evangelizou o mundo por meio de suas inúmeras viagens. Seu papel no fim do comunismo soviético, seu perdão ao homem que atentou contra sua vida, a liderança do diálogo ecumênico e inter-religioso, o início da Jornada Mundial da Juventude, a celebração do Jubileu do Ano 2000 e sua luta contra a doença de Parkinson foram apenas algumas das maneiras pelas quais ele testemunhou a fé. Rezemos com fé a Novena a São João Paulo II.

1º dia da novena a São João Paulo II: o Amor

Tenha a coragem de viver por amor (…) A grandeza de uma pessoa não está em suas posses, mas em quem é, não naquilo que possui, mas no que compartilha com os outros.

(…) Esta mensagem sobre a pureza do coração torna-se hoje muito atual. A civilização da morte quer destruir a pureza do coração. Um dos seus métodos de agir é pôr intencionalmente em dúvida o valor da atitude do homem, que definimos como virtude da castidade. É um fenômeno particularmente perigoso quando o objetivo do ataque são as consciências sensíveis das crianças e dos jovens.

Uma civilização que, agindo desta forma, fere ou até aniquila uma relação correta entre os homens, é uma civilização da morte, porque o homem não pode viver sem o verdadeiro amor (…). Anunciai ao mundo a “Boa Nova” da pureza do coração e, com o exemplo da vossa vida, transmiti a mensagem da civilização do amor. Conheço a vossa sensibilidade à verdade e à beleza.

 Hoje, a civilização da morte propõe-vos, entre outras coisas, o chamado “amor livre”. Neste gênero de deformação do amor chega-se à profanação dum dos valores mais queridos e sagrados, porque a libertinagem não é amor nem liberdade.

 Não tenhais medo de viver contra as opiniões da moda e as propostas em contraste com a lei de Deus. A coragem da fé tem um preço muito elevado, mas vós não podeis perder o amor!

 Não permitais que alguém vos torne escravos! Não vos deixeis seduzir pelas ilusões da felicidade, pelas quais deveríeis pagar um preço demasiado elevado, o preço de feridas por vezes incuráveis ou até duma vida despedaçada!

 São João Paulo II, Homilia, Sandomierz, 12 de junho de 1999.

 Oremos: Deus, nosso Pai, a fim de voltarmos para vós, devemos encontrar vossa misericórdia, vosso paciente amor que em Vós não conhece limites. Infinita é a vossa prontidão em perdoar os nossos pecados assim como inefável é o sacrifício de vosso Filho. Com confiança pedimos, pela intercessão de São João Paulo II, que nos concedais esta graça (fazer pedido) por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria e Glória.


 Ladainha

Senhor, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Cristo, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

Senhor, tende piedade de nós.

 

Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, ouvi-nos.

Jesus Cristo, atendei-nos. Jesus Cristo, atendei-nos.

 

Deus, Pai dos céus, tende piedade de nós.

Deus Filho, Redentor do mundo, tende…

Deus Espírito Santo, tende…

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende…

 Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.

 São João Paulo II, rogai por nós!

Perfeito discípulo de Cristo,

Generosamente dotado com os dons do Espírito Santo,

Grande apóstolo da Divina Misericórdia,

Fiel filho de Maria,

Totalmente dedicado à Mãe de Deus,

Perseverante pregador do Evangelho,

Papa peregrino,

Papa do milênio,

Modelo de diligência,

Modelo dos sacerdotes,

Que extraístes forças da Eucaristia,

Homem incansável da oração,

Amante do Rosário,

Força dos que duvidam de sua fé,

Que desejastes unir todos aqueles que creem em Cristo,

Conversor dos pecadores,

Defensor da dignidade de toda pessoa,

Defensor da vida desde a concepção até à morte natural,

Que rogastes pelo dom da paternidade para o infértil,

Amigo das crianças,

Líder da juventude,

Intercessor das famílias,

Consolador dos sofredores,

Que valorosamente suportastes vossa dor,

Semeador de divina alegria,

Grande intercessor pela paz,

Orgulho da nação polonesa,

Brilho da Santa Igreja,

Para que possamos ser fiéis imitadores de Cristo,

Para que possamos ser fortes com o poder do Espírito Santo,

Para que possamos ter confiança na Mãe de Deus,

Para que possamos crescer em nossa fé, esperança e caridade

Para que possamos viver em paz em nossas famílias,

Para que possamos saber perdoar,

Para que possamos saber suportar o sofrimento,

Para que não sucumbamos à cultura da morte,

Para que não tenhamos medo e corajosamente combatamos

as várias tentações,

Para que intercedais e nos obtenhais a graça de uma morte

feliz, rogai por nós!

 Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós!

 . Rogai por nós, São João Paulo II,

. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


2º dia da novena a São João Paulo II: a Verdade

Ninguém pode ditar a outro a sua própria “verdade”. A verdade vence por seu próprio poder. Impor seus próprios pontos de vista torna as relações interpessoais piores, dando origem a disputas e tensões. Assim, uma das condições para manter a paz no mundo é respeitar a liberdade de consciência dos outros, mesmo que eles pensem de maneira muito diferente de nós.

 A verdade é a luz da inteligência humana. Se desde a juventude a mente humana procura conhecer a realidade nas suas várias dimensões, faz isto a fim de possuir a verdade, para viver a verdade. Tal é a estrutura do espírito humano.

 A fome de verdade é a sua aspiração e expressão fundamental. Cristo diz: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Das palavras do Evangelho, estas certamente estão entre as mais importantes. Elas se referem, na verdade, ao homem todo. Explicam a base sobre a qual são construídas a partir de dentro, na dimensão do espírito humano, a dignidade e a grandeza próprias do homem.

 O conhecimento que liberta o homem não depende apenas da instrução, mesmo que seja na faculdade; também o pode possuir um analfabeto; mas esta instrução, como conhecimento sistemático da realidade, deve servir a essa dignidade e grandeza. Portanto, deveria servir à verdade (…). Neste campo as palavras de Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” vêm a ser um programa essencial.

 Os jovens, se podemos dizer assim, têm um “senso de verdade” congênito. E a verdade deve servir para a liberdade: os jovens também têm um espontâneo “desejo de liberdade”. O que significa ser livre? Significa saber usar a nossa liberdade na verdade, ser “verdadeiramente” livre.

 Ser verdadeiramente livre não significa de forma alguma fazer tudo aquilo que me agrada ou que eu queria fazer. A liberdade traz consigo o critério da verdade, a disciplina da verdade. Ser verdadeiramente livre significa usar a própria liberdade para aquilo que é verdadeiramente bom (…) para ser um homem de reta consciência, ser responsável, ser um homem “para os outros”.

 Carta Apostólica do Papa São João Paulo II aos jovens do mundo, por ocasião do Ano Internacional da Juventude, 1985.

 Oremos: Deus, nosso Pai, diante da Igreja do terceiro milênio se abre um vasto oceano de credos de nosso mundo contemporâneo. Crendo em Vós, colocando a minha esperança em Cristo, desejo imitá-Lo e experimentar o milagre de uma pesca abundante. Vinde em auxílio de todos os cristãos da nossa geração para nos lançarmos nas profundezas da verdade, do bem e da beleza. Fazei do nosso Santo Padre João Paulo II o patrono da nova evangelização, e por sua intercessão concedei-nos esta graça (fazer pedido) Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha.

 

3º dia da novena a São João Paulo II: a pessoa

Nesta terra, sejam portadores da fé e da esperança cristãs, vivendo em amor todos os dias. Sejam fiéis testemunhas de Cristo Ressuscitado, nunca cedendo aos obstáculos que se acumulam sobre os caminhos de sua vida. Eu conto com vocês, em seu entusiasmo juvenil e dedicação a Cristo.

 O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se o não experimenta e se o não torna algo seu próprio, se nele não participa vivamente. E por isto precisamente o Cristo Redentor (…) revela plenamente o homem ao próprio homem. Esta é – se assim é lícito exprimir-se – a dimensão humana do mistério da Redenção (…).

 “Deus, de fato, amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu filho unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” 1 (…). E por meio do Filho-Verbo, que se fez homem, (…) Deus entrou na história da humanidade (…) um dos milhares de milhões e, ao mesmo tempo, Único!

 Para Ele queremos olhar, porque só nele, Filho de Deus, está a salvação, renovando a afirmação de Pedro: “Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna” 2. (…). Através de todos os campos de atividade onde a Igreja se afirma presente, se encontra e se consolida, devemos tender constantemente para Aquele “que é a Cabeça”, para “aquele, para quem e por quem são todas as coisas [criadas]” .3

 (…) A Igreja não cessa de ouvir as suas palavras, continuamente as relê e reconstrói com a máxima devoção todos os pormenores da sua vida (…). A Igreja vive o seu mistério e nele vai haurir sem jamais se cansar, e busca continuamente as vias para tornar este mistério do seu Mestre e Senhor próximo do gênero humano: dos povos, das nações, das gerações que se sucedem e de cada um dos homens em particular (…).

 Nesta dimensão, o homem reencontra a grandeza, a dignidade e o valor próprios da sua humanidade. No mistério da Redenção o homem é novamente “reproduzido” e, de algum modo, é novamente criado. Ele é novamente criado! (…) O homem que quiser compreender-se a si mesmo profundamente (…) deve (…) aproximar-se de Cristo. Ele deve, por assim dizer, entrar nele com tudo o que é em si mesmo, deve “apropriar-se” e assimilar toda a realidade da Encarnação e da Redenção, para se encontrar a si mesmo.

 Se no homem houver este processo profundo, então ele produz frutos, não somente de adoração de Deus, mas também de profunda maravilha perante si próprio. Que grande valor deve ter o homem aos olhos do Criador, se “mereceu ter um tal e tão grande Redentor”, se “Deus deu o seu Filho”, para que ele, o homem, “não pereça, mas tenha a vida eterna”. 1

 São João Paulo II, Encíclica Redemptor Hominis, 1979.

 Oremos: Deus, nosso Pai, Vós sois amor e nos amastes primeiro. Vosso Filho se tornou homem para a nossa salvação, e revelando a seus irmãos e irmãs a verdade sobre o amor, permitiu-lhes compreender a si mesmos e descobrir o sentido de sua própria existência. Nós vos pedimos que, por São João Paulo II, defensor incansável da dignidade humana, bom pastor em busca de almas perdidas na confusão da vida e mergulhadas no desespero, que nos concedais esta graça (fazer pedido) Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha.

 

4º dia da novena a São João Paulo II: a família

novena a são joão paulo 2, protetor das famílias, no 4° dia da Novena a São João Paulo II, pedimos pelas famílias.

Uma família que tira a sua força de Deus torna-se a força do homem e de uma nação inteira.

 Dentre essas numerosas estradas, a primeira e a mais importante é a família: uma via comum, mesmo se permanece particular, única e irrepetível, como irrepetível é cada homem; uma via da qual o ser humano não pode separar-se. Com efeito, normalmente ele vem ao mundo no seio de uma família, podendo-se dizer que a ela deve o próprio fato de existir como homem.

 Quando falta a família logo à chegada da pessoa ao mundo, acaba por criar-se uma inquietante e dolorosa carência que pesará depois sobre toda a vida. A Igreja une-se com afetuosa solicitude a quantos vivem tais situações, porque está bem ciente do papel fundamental que a família é chamada a desempenhar (…).

 A família tem a sua origem naquele mesmo amor com que o Criador abraça o mundo criado, como se afirma já “ao princípio”, no Livro do Gênesis. 4 Uma suprema confirmação disso mesmo, no-la oferece Jesus no Evangelho: “Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho unigênito”. 1

 O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, “Deus de Deus, Luz da Luz”, entrou na história dos homens através da família: “Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, (…) amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado”.5

 Se é certo que Cristo “revela plenamente o homem a si mesmo” 6, fá-lo a começar da família onde Ele escolheu nascer e crescer. Sabe-se que o Redentor passou grande parte da sua vida no recanto escondido de Nazaré, “submisso” 7 como “filho do homem” a Maria, sua Mãe, e a José, o carpinteiro. Esta sua “obediência” filial não é já a primeira manifestação daquela obediência ao Pai “até à morte” (Fl 2,8), por meio da qual redimiu o mundo?

 São João Paulo II, Carta às Famílias Gratissimam Sane, 1994.

 Oremos: Deus, nosso Pai, vosso eterno plano de salvação atingiu a sua plenitude quando o vosso Amado Filho veio ao mundo através da Sagrada Família, santificando por Seu nascimento toda família humana. Confiamos a Vós nossas famílias e todas as famílias em todo o mundo. Que a oração seja uma parte de suas vidas, o amor puro, o respeito à vida, e uma saudável preocupação pela juventude. Pedimo-vos humildemente, por intercessão do Santo Papa João Paulo II, o defensor incansável dos direitos de uma família, que possamos ser fortalecidos pela graça (fazer pedido) Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha.

 

5º dia da novena a São João Paulo II: a juventude

Você deve fazer exigências a partir de si mesmo, mesmo que os outros não exijam de você. Só fazendo exigências de si mesmo – ao contrário do consenso universal que diz: “Tome o caminho mais fácil” – você pode perceber outros desafios do Papa: escolher “ser mais” em vez de “ter mais”. O “ser mais” de um jovem hoje é a coragem de permanecer cheio de iniciativa – você não pode renunciar a isto, o futuro de todos depende disto – fiel a um testemunho dinâmico de fé e esperança.

 Jovens amigos (…). Sede benditos! Sim, sede benditos junto com Maria, que acreditou no cumprimento das palavras que lhe disse o Senhor. Sim, Sede benditos! Que o sinal da mulher vestida de sol caminhe convosco, com cada uma e cada um, ao longo de todos os caminhos da vida. Que vos conduza ao cumprimento, em Deus, de vossa adoção filial em Cristo. Verdadeiramente, o Senhor realizou maravilhas em vós!

 Destas “maravilhas”, queridos jovens, deveis ser sempre testemunhas coerentes e valorosas em vosso ambiente, entre vossos coetâneos, em todas as circunstâncias de vossa vida. Está ao vosso lado Maria, a Virgem dócil a todos os sopros do Espírito, a que com seu “sim” generoso ao projeto de Deus abriu ao mundo a perspectiva, longamente ansiada, da salvação. Olhando para ela, humilde serva do Senhor, hoje elevada à glória do céu, vos digo com São Paulo: “Deixai-vos conduzir pelo Espírito”! 8

 Deixai que o Espírito de sabedoria e inteligência, de conselho e fortaleza, de conhecimento, piedade e temor do Senhor 9 penetre em vossos corações e vossas vidas e, por meio de vós, transforme a face da Terra (…) Revesti-vos da força que brota dele, convertei-vos em construtores de um mundo novo: um mundo diferente, fundado na verdade, na justiça, na solidariedade e no amor. Queridos amigos (…). Recebei o Espírito Santo e sede fortes!

 São João Paulo II, Homilia para a conclusão VI / DM, Częstochowa, 15 de agosto de 1991.

 Oremos: Deus, nosso Pai, desde nossa juventude nos chamastes para vos seguir. Em vosso Filho, a juventude tem um Mestre, que ensina como formar uma nova pessoa em nós – com paciência e persistência – para descobrir a própria vocação, para efetivamente construir uma cultura de amor. Pedimos a Vós por nossa juventude, para que não se deixe escravizar por desejos cegos e decepções amorosas. Que São João Paulo II, que procurou o jovem e reciprocamente os amou, seja para eles um modelo e patrono, e por sua intercessão vos pedimos esta graça (fazer pedido) Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha

 

6º dia da novena a São João Paulo II: o pecado

O maior sofrimento da humanidade e de cada indivíduo é o pecado. Não há maior dor que se possa infligir a uma alma do que mergulhá-la em estado de pecado mortal.

 O pecado não termina nos limites da consciência humana, não se encerra nela. Por definição intrínseca, implica uma referência: a referência a Deus. Todavia, esta referência é salvífica! Significa que eu – homem – não fico só com minha culpa. E Deus, que de certo modo é testemunha “ocular” de meu pecado (ocular embora invisível), está próximo de mim não somente para julgar. Certamente me julga! Julga-me com o mesmo juízo interior de minha consciência (se esta não se tornou surda ou deformada).

 No entanto, o próprio juízo já é salvífico. Mediante o fato de chamar o mal por seu verdadeiro nome, de certo modo rompo com ele, mantenho-o a certa distância de mim, ainda quando ao mesmo tempo sei que este mal, o pecado, não deixa de ser meu pecado.

 Mas mesmo quando meu pecado é contra Deus, Deus não está contra mim. No momento da tensão interior da consciência humana, Deus não proclama sua sentença. Não condena. Deus espera que eu me volte para Ele como à justiça amorosa, como ao Pai, da forma que mostra a parábola do filho pródigo. Para que lhe “revele” o pecado. E me confie a Ele. Deste modo, do exame de consciência passamos ao que constitui a própria substância da conversão e da reconciliação com Deus.

 João Paulo II, Angelus, em Roma, 23 de fevereiro de 1986.

 Oremos: Deus, nosso Pai, o pecado é um aguilhão que causa dor e mata a graça santificante. O sofrimento em vosso conceito de salvação é o caminho que conduz a Vós. O vosso Filho, por meio de sua Paixão de vontade livre e morte na Cruz, tomou sobre si todo o mal do pecado, e deu ao sofrimento um significado totalmente novo, introduzindo-o na ordem do amor. Em nome desse amor, que foi capaz de assumir sofrimentos sem culpa, nós vos pedimos por intercessão de São João Paulo II, que ao servir o povo de Deus foi marcado com os estigmas do martírio, esta graça especial (fazer pedido). Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha

 

7º dia da novena a São João Paulo II: a misericórdia

Hoje, quando o egoísmo, a indiferença e a insensibilidade dos corações estão se espalhando de forma assustadora, o quão intensamente precisamos de uma renovação da sensibilidade a uma pessoa, à sua pobreza e sofrimentos! O mundo clama por misericórdia. Nada é mais necessário para o homem do que a misericórdia de Deus, esse amor gentil, simpático, elevando o homem acima de suas fraquezas em direção às alturas eternas da santidade de Deus.

 O homem – cada um dos homens – é este filho pródigo: fascinado pela tentação de se separar do Pai para viver de modo independente a própria existência; caído na tentação; desiludido do nada que, como miragem, o tinha deslumbrado.

 Sozinho, desonrado e explorado no momento em que tenta construir um mundo só para si; atormentado, mesmo no mais profundo da própria miséria, pelo desejo de voltar à comunhão com o Pai. Como o pai da parábola, Deus fica à espreita do regresso do filho, abraça-o à sua chegada e põe a mesa para o banquete do novo encontro, com que se festeja a reconciliação.

 João Paulo II, Exortação Apostólica Reconciliatio et Paenitentia, 2 de dezembro de 1984.

 Oremos: “Jesus, eu confio em Vós”. Esta oração, querida por muitos devotos da Divina Misericórdia, expressa adequadamente a postura que também desejamos assumir ao nos confiarmos ao vosso abraço, Senhor, nosso único Salvador. Quão intensamente desejais ser amado! Quem quer que acenda em si os sentimentos de vosso coração aprende a ser um construtor da nova cultura do amor.

 Um simples ato de confiança é suficiente para penetrar a cortina de melancolia e tristeza, dúvida e desespero. Os raios de vossa divina misericórdia restaura de maneira especial a esperança daqueles que se sentem oprimidos pelo peso do pecado (fazer pedido).

 Maria, Mãe de Misericórdia, concedei que a esperança que colocamos em vosso Filho, nosso Redentor, permaneça sempre viva. E vós, Santa Faustina, ajudai-nos também quando repetirmos convosco, olhando corajosamente para a face do divino Redentor, as palavras: “Jesus, eu confio em Vós. Hoje e para sempre”. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha

 

8º dia da novena a São João Paulo II: Virgem Maria

 No 8° dia da novena a São João Paulo II, lembramos da sua devoção à Virgem.

Em meio a este mistério, em meio a essa confiança na fé, destaca Maria: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim a tua palavra”.

 Hoje vim junto de ti, Nossa Senhora de Jasna Góra, para me despedir mais uma vez e para te pedir a bênção para a minha viagem (…) Mãe da Igreja! Mais uma vez me consagro a ti “na tua materna escravidão de amor”: Totus Tuus! Sou todo teu! Consagro-te toda a Igreja – em toda a parte até aos extremos confins da Terra! Oh, consagro-te a humanidade! Eu te consagro todos os homens, meus irmãos.

 Todos os povos e nações. Consagro-te a Europa e todos os continentes. Consagro-te Roma e a Polônia juntas, através do teu servo, por um novo vínculo de amor. Mãe, aceita! Oh Mãe, não nos abandones! Querida Mãe, guia-nos tu! Perdoa, pois, Mãe da Igreja e Rainha da Polônia, que todos nós te agradeçamos só com o silêncio dos nossos corações, que te cantemos, com este silêncio, o nosso “prefácio” de despedida!

 João Paulo II, Primeira Peregrinação Apostólica à Polônia, Częstochowa, 6 de junho de 1979.

 Oremos: Deus, nosso Pai, Maria, Mãe de vosso Filho, escutai a nossa prece e petição: “Advogada nossa, estes vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!”. Damos graças pelo Santo Papa João Paulo II, totalmente dedicado a Maria, com fidelidade e até o final cumprindo a missão que lhe foi dada pelo Ressuscitado; aceitai os frutos de sua vida e serviço, concedendo-nos por sua intercessão esta graça (fazer pedido) Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha

 

9º dia da novena a São João Paulo II: a Eucaristia

A Eucaristia é o maior dom e milagre, pois o mistério da morte e ressurreição de Cristo, a redenção da humanidade, se faz presente nela.

 humanidade, se faz presente nela. A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: “Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo” 11; mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par.

 A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo seu Senhor, não como um dom, embora precioso, entre muitos outros, mas como o dom por excelência, porque é dom dele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação. Esta não fica circunscrita no passado, pois “tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente”.12

 É esta verdade que desejo recordar mais uma vez, colocando-me convosco, meus queridos irmãos e irmãs, em adoração diante deste Mistério: mistério grande, mistério de misericórdia. Que mais poderia Jesus ter feito por nós? Verdadeiramente, na Eucaristia demonstra-nos um amor levado até “ao extremo”, 13 um amor sem medida.

 João Paulo II, Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, 17 de abril de 2003.

 Oremos: Deus, nosso Pai: vosso Filho nos amou até o fim e permaneceu conosco na Eucaristia. Que o Amém que dizemos na presença do Corpo e Sangue de Nosso Senhor nos disponha a um serviço humilde aos irmãos que têm fome de amor. Que sejais louvado no brilhante exemplo desse amor, como demonstrado pelo Papa São João Paulo II. Como a comunhão com a Igreja dos redimidos no Céu é expressa e fortalecida na Eucaristia, concedei-nos por sua intercessão esta graça (fazer pedido). Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

 Pai Nosso, Ave Maria, Glória e Ladainha


terça-feira, 8 de outubro de 2024

Visão de São Domingos sobre o retorno da Inglaterra ao CATOLICISMO !!!

 


No capítulo XX do livro “Vita del giovanetto Savio Domenico” (“Vida do jovem Domingos Sávio”) .

Don Bosco conta que estando perto de São Domingos Sávio agonizante perguntou-lhe o que ele diria ao Papa se pudesse falar-lhe. De ali nasceu o seguinte diálogo entre os dois santos:

Se eu pudesse falar ao Papa, quereria lhe dizer que em meio às tribulações que o aguardam não deixe de trabalhar com especial solicitude pela Inglaterra; Deus prepara um grande triunfo do catolicismo naquele reino.

No que é que V. baseia essas palavras?

Vou contar-lhe, mas não mencione isso aos outros, pois podem achar ridículo. Mas se o Sr. vai a Roma, diga-o a Pio IX por mim. (...)

“Certa manhã, durante minha ação de graças após a comunhão, voltei a ter uma distração, que me pareceu estranha; eu achei ver uma grande parte de um país envolvida em grossas brumas, e estava cheia com uma multidão de pessoas.

“Estavam se movendo, mas como homens que, tendo perdido seu caminho, não estavam certos onde pisavam.

“Alguém próximo disse: ‘Esta é a Inglaterra.’

“Eu estava para fazer algumas perguntas a respeito disso quando vi Sua Santidade Pio IX, representado da mesma maneira que vi nas figuras.

“Ele estava majestosamente vestido, e estava carregando uma tocha brilhante com a qual ele se aproximou da multidão, como que para iluminar sua escuridão.

“À medida que se aproximava, a luz da tocha parecia dispersar a névoa, e as pessoas foram trazidas à plena luz do dia.

“Esta tocha,” disse meu informante, “é a religião Católica que está para iluminar a Inglaterra”.


sábado, 28 de setembro de 2024

Ana Catarina Emmerich - Profecia sobre a Apostasia na Igreja Católica:

 


Ana Catarina Emmerich teve a seguinte visão dos nossos dias: Viu o Vaticano rodeado por um fosso profundíssimo e, do outro lado do fosso estavam os descrentes. No centro de Roma, no Vaticano, encontravam-se os católicos. Estes atiravam para esse fosso profundo os seus altares, as suas imagens, as suas relíquias, quase tudo, até o fosso ficar quase cheio. Então, quando o fosso ficou cheio, os membros das outras religiões puderam realmente atravessá-lo. Atravessaram-no, olharam para dentro do Vaticano, e viram como os católicos, pouco tinham para lhes oferecer. Abanaram a cabeça, voltaram as costas e foram-se.

Numa outra visão viu: Os demolidores levavam grandes pedaços; eram em grande número, sectários e apóstatas. Em seu trabalho seguiam "certas" ordens e "certas" regras; disse mais: "Vi, com horror, que entre eles havia também sacerdotes católicos... Vi o Papa em oração, rodeado de falsos amigos, que, com freqüência, faziam o contrário do que ele ordenava. O mundo se converterá, quando houver respeito na casa de Deus, a Igreja”.

domingo, 8 de setembro de 2024

FESTA DE NOSSA SENHORA MENINA

Em Milão, esta festa remonta ao século X e a sua Catedral (Duomo), dedicada a "Maria Nascente" (Madonnina), foi consagrada em 20 de outubro de 1572, por São Carlos Borromeu. Ainda em Milão, na Rua Santa Sofia, encontra-se o santuário, que conserva a pequena estátua de “Maria Bambina” (Nossa Senhora Menina), confiado às Irmãs da Caridade das Santas Bartolomea e Vicenta. Entre 1720 e 1730, uma freira franciscana de Todi, Irmã Chiara Isabella Fornari, realizou, por devoção pessoal, algumas imagens graciosas, modeladas em cera, reproduzindo a imagem de “Nossa Senhora Menina”, envolvida em faixas. Em 1739, uma destas estatuetas foi doada às monjas Capuchinhas do Mosteiro de Santa Maria dos Anjos, em Milão, que difundiram a sua devoção, que, no contexto ambrosiano, encontrou logo um terreno preparado e fértil. 

No período de 1782 a 1842, várias Congregações religiosas foram suprimidas: primeiro, por decreto do Imperador Giuseppe II e, depois, por Napoleão. Por isso, a estatueta foi levada, por algumas freiras Capuchinhas, ao convento das Irmãs Agostinianas; depois, às Canônicas de Latrão, onde foi confiada ao pároco, Padre Luigi Bosisio, para que a doasse a um Instituto religioso, que pudesse manter viva a sua devoção. Enfim, a pequena estátua de “Nossa Senhora Menina” foi parar na Casa Geral das Irmãs da Caridade de Lovere, Bergamo, uma Congregação religiosa fundada, em 1832, por Bartolomea Capitanio, onde se tornou muito popular. Desde então, até hoje, as religiosas desta Congregação são chamadas "Irmãs de Maria Menina". Em 1884, lemos: «Eram sete horas da manhã, do dia 9 de setembro de 1884... A Madre Superiora foi à enfermaria visitar os enfermos e levou consigo a santa imagem: passou de leito em leito para que as freiras a pudessem beijar. Ao chegar ao leito da postulante, Giulia Macário, que não podia andar por causa de uma grave doença, ela pegou a imagem de Maria Menina, da qual era muito devota, e lhe pediu para ser curada. Imediatamente, sentiu um arrepio misterioso por todo o corpo, e exclamou: “Estou curada!”...». Desde então, “este milagre' é comemorado, todos os anos, no da 9 de setembro. A sua devoção popular expandiu-se devido às numerosas graças obtidas.

Para aquelas igrejas que seguem o calendário juliano, acontece em 21 de Setembro; para as do calendário gregoriano, em 8 de Setembro.

Esta festa tem sua origem em Jerusalém. Começou a ser celebrada no século V como festa da Basílica Sanctae Mariae ubi nata est, atualmente conhecida como Basílica de Santa Ana. No século VII, já era celebrada pelas igrejas bizantinas e em Roma, como festa do nascimento da Bem-Aventurada Virgem Maria. A festa foi incluída no calendário tridentino em 8 de Setembro e permanece, até hoje, nesta data.

Assim se exprimiu o Padre Antônio Vieira sobre essa celebração:

quarta-feira, 17 de julho de 2024

CANTIGO de LOUVOR a SS. VIRGEM MARIA SS. por Dante Alighieri em “La Divina Commedia”, canto XXXIII (fonte: Giulio Einaudi, Turim, 1954, pp. 676 e ss.)


 No último canto da Divina Comédia, Dante imagina São Bernardo dirigindo a Nossa Senhora uma oração na qual ele pede que seja dada ao poeta a visão de Deus.


 CANTO

Virgem Mãe, Filha de Teu Filho,

humilde e alta mais que (toda) criatura,

objetivo do eterno conselho (trinitário)

 

Tu és aquela que a humana natureza

nobilitaste tanto, que o seu Criador

Não desdenhou de fazer-se sua criatura.

 

No teu seio se reacendeu o amor

(de Deus para com o homem)

pelo qual, ardente na eterna paz,

fez germinar esta flor (a Igreja triunfante, formada pelos méritos da Redenção).

 

Aqui (no Paraíso) és para nós chama luminosa

de caridade, e na Terra, entre os mortais,

és de esperança fonte perene.

 

Senhora, és tão grande e tão valiosa,

que quem procura a graça e a Ti não recorre,

seu desejo quer voar sem asas.

 

A tua benignidade não somente socorre

a quem pede, mas muitas vezes

espontaneamente ao pedido se antecipa.

 

Em Ti misericórdia, em Ti piedade,

em Ti magnificência, em Ti se reúne

Tudo quanto na criatura existe de bondade.

 

Ora este (Dante) que desde a inferior lacuna do inferno até aqui (no Paraíso) 

tem visto as vidas espirituais uma a uma,

 

Suplica a Ti, por graça e força bastante, para poder com os olhos elevar-se 

mais alto rumo à Salvação Suprema (Deus)

 

E eu (Bernardo), que jamais pelo meu (próprio) ver me elevo mais do que

 ele consegue pelo seu ver (visão própria do homem), todas as minhas preces 

a Ti dirijo, e rogo, não são insuficientes, para que Tu lhe afastes toda nuvem

 

 De sua mortalidade (para que afastes os impedimentos devidos à sua natureza humana mortal), 

com as preces tuas, de tal maneira que o Sumo Prazer (Deus) se lhe revele.

 

Ainda Te rogo, Rainha, que podes aquilo que queres, que conserves sãs (isentas do mal), 

depois de tanto ver (o Inferno, o Purgatório, o Paraíso e, agora, Deus), as suas disposições. 

E vença a tua custódia as paixões humanas (...)


Fonte: “La Divina Commedia”, canto XXXIII (fonte: Giulio Einaudi, Turim, 1954, pp. 676 e ss.).

quarta-feira, 10 de julho de 2024