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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

A Origem do Santo Rosário (parte 4)

 

No ano de 1475 a SS. Virgem apareceu também ao Superior do convento de Colônia, este também fazia parte da Ordem dos Pregadores. Nossa Senhora disse que se a cidade de Colônia quisesse realmente liberar-se dos seus inimigos que a assediavam, era necessário pregar e difundir a prática do Rosário. Só desse modo a cidade seria salva. O culto Superior tornou público o comando da Rainha dos Anjos e depois que o povo abraçou e praticou a oração do Rosário, a cidade foi liberada. Sabia bem o Santo Pontífice Pio V, quanta força tinha o Rosário no debelar os inimigos de Deus. O ensinava a experiência e a confiança que colocava na Virgem e em São Domingos. O Rosário serviu para reprimir o orgulho do imperador Otomano, que assoberbado pelas vitórias, pretendia ter Roma em seu poder. Mas foi humilhado pelas orações do santo Pontífice e dos irmãos da Confraria do Rosário.

A Origem do Santo Rosário (parte 3)

 


Por volta do ano 1460 o Frade Dominicano Alano de La Roche se encontrava em Bretanha celebrando a Santa Missa em uma manhã, quando no momento da consagração, viu Jesus Cristo crucificado na Hóstia dizendo: ‘Alano, tornas a crucificar-me’. Confuso, o religioso respondeu: ‘Senhor, como eu poderia cometer tal maldade? ’

Respondeu-lhe o senhor: ‘Tu me crucificas com os teus pecados de omissão. Tu tens sabedoria, a função sagrada e a licença de pregar o Santo Rosário e não o fazes’. O mundo é cheio de lobos e tu te fizestes um cão dócil, incapaz até de latir. Juro que se não te corriges tornarás alimento dos pobres mortais’.

Após ter dito essas palavras o fez ver as penas infernais e os tormentos, ao qual eram expostas as almas no inferno. Disse o Senhor: ‘Vistes aquelas penas?’ Aquele será o teu lugar, se demorares em pregar o meu Rosário. Vai e eu estarei contigo, assim como toda a corte do Paraíso contra aqueles que tentarão ser obstáculo’.

O Beato Alano ficou muito intimidado. Posteriormente, o Beato teve uma segunda visão, que o tornou a encorajar e trouxe-lhe nova esperança. No dia da Assunção ele estava pregando, quando o Senhor o fez conhecer aquilo que queria dele. Viu a Santíssima Virgem entrar no Paraíso com o seu Filhinho (menino Jesus) e todos os anjos inclinaram-se diante dela saudando-a com as palavras “Ave Maria”. Viu os anjos tocarem instrumentos quase em forma de Rosário e cantarem “Ave Maria” e outro coro responder ‘Benedicta tu in mulieribus’.

Os espíritos celestes ofereciam o Rosário à Virgem em grupos de cento e cinqüenta. Um deles disse ao Beato Alano: ‘Esse número é sagrado. Está presente na arca de Noé, na taberna de Moisés, no templo de Salomão, nos salmos de David, nos quais é representado Cristo e Maria. Com este número o Senhor gosta de ser glorificado e para que tu pregues o Rosário o Senhor quis fazer-te constatar o quanto é de seu agrado’.

O advertiu posteriormente que era necessário pregar ao mundo esta devoção, porque tantos eram os males que o afligiam. Teria grande alegria todo àquele que louvasse a Deus daquele modo; enquanto aqueles que o tivessem desprezado seriam vítimas de calamidades. Viu que os castigos ameaçados ao mundo são causados pelos três pecados capitais: luxúria, avareza e soberba. Para tais pecados o remédio era o Rosário.

Viu também a Santíssima Trindade coroar Maria Imperatriz do Céu. Ela se voltou ao Beato Alano e disse: ‘Prega o que vistes e sentistes. E não temas porque eu estarei sempre contigo e com todos os devotos do meu Rosário’. Ele começou a pregar essa devoção, obtendo em todos os lugares grandes frutos espirituais.

A Origem do Santo Rosário (parte 2)

 


São Francisco de Paula (1416- 1507) contemporâneo do Beato Alano tinha profunda devoção ao Rosário da Virgem. Ele também recebeu das mãos de Maria SS. o Santo Rosário, como é representado em uma obra impressa do início do século XVI, e como se deduz da sua vida, pelo seu contínuo rezar dos Rosários e os fabricar para dá-los ao povo. Quando em Roma encontrou o Papa Sisto IV, que queria consagrá-lo sacerdote, o Santo de Paula respondeu que queria somente poder benzer os Santos Rosários e as velas para dar aos doentes.

A Origem do Santo Rosário (parte 1)

 


A origem do SANTO ROSÁRIO remonta a história contada pelo frade dominicano Alano da Rocha onde narra que no ano de 1200, São Domingos foi capturado, junto com o seu companheiro Bernardo, nas Costas da Espanha próximo a Santiago de Compostela. Ele ainda não tinha fundado a Ordem Dominicana e ficou à mercê dos seus sequestradores por três meses, durante os quais foi colocado no remo de um barco. Nossa Senhora, mostrando descontentamento ao ultraje feito com seu dileto filho Domingos, desencadeou uma terrível tempestade que abalou o barco onde seu Servo era maltratado. Quando a barca estava próxima do naufrágio, São Domingos pediu aos seus carcereiros que fizessem penitência e que invocassem o nome de Jesus e Maria para obter socorro. Mas eles não se importaram e ao invés de repararem seus pecados, ainda se permitiam blasfemar, agredindo fisicamente o servo de Deus, a quem julgavam louco. Pela obstinação deles e o desprezo em relação aos conselhos do Santo, a tempestade se fez ainda mais ameaçadora. Contudo, mesmo com a desumana conduta dos piratas, as orações de São Domingos foram tão eficazes que conseguiram a piedade da Virgem Santíssima. Os piratas seriam salvos do naufrágio e poderiam até recuperar o carregamento lançado ao mar, se prometessem rezar todos os dias, cento e cinquenta Ave Maria e quinze Pater noster. Junto à oração eles meditariam sobre os quinze principais mistérios da vida e morte do nosso Redentor, e instituiriam uma nova Companhia de Cristo e de Maria. Arrependidos das suas atrocidades prometeram e cumpriram todas as promessas. Estes fatos foram narrados pelo beato Alano, a quem a Virgem revelou o dramático episódio da tempestade e a salvação dos piratas. Desse modo nasceu o Rosário, sendo que além de beato Alano, frei André Coppenstein no seu tratado sobre o Rosário e frei Giovanni Michele Pio na “Progênie da Ordem” enquanto outros historiadores argumentam que foi o próprio São Domingos a divulgar a devoção do Rosário na França quando afrontava os hereges albigenses à conversão ao catolicismo.