A origem do SANTO ROSÁRIO remonta
a história contada pelo frade dominicano Alano da Rocha onde narra que no ano
de 1200, São Domingos foi capturado, junto com o seu companheiro Bernardo, nas
Costas da Espanha próximo a Santiago de Compostela. Ele ainda não tinha fundado
a Ordem Dominicana e ficou à mercê dos seus sequestradores por três meses,
durante os quais foi colocado no remo de um barco. Nossa Senhora, mostrando descontentamento
ao ultraje feito com seu dileto filho Domingos, desencadeou uma terrível
tempestade que abalou o barco onde seu Servo era maltratado. Quando a barca
estava próxima do naufrágio, São Domingos pediu aos seus carcereiros que
fizessem penitência e que invocassem o nome de Jesus e Maria para obter
socorro. Mas eles não se importaram e ao invés de repararem seus pecados, ainda
se permitiam blasfemar, agredindo fisicamente o servo de Deus, a quem julgavam louco.
Pela obstinação deles e o desprezo em relação aos conselhos do Santo, a
tempestade se fez ainda mais ameaçadora. Contudo, mesmo com a desumana conduta
dos piratas, as orações de São Domingos foram tão eficazes que conseguiram a
piedade da Virgem Santíssima. Os piratas seriam salvos do naufrágio e poderiam
até recuperar o carregamento lançado ao mar, se prometessem rezar todos os
dias, cento e cinquenta Ave Maria e quinze Pater noster. Junto à oração eles
meditariam sobre os quinze principais mistérios da vida e morte do nosso
Redentor, e instituiriam uma nova Companhia de Cristo e de Maria. Arrependidos
das suas atrocidades prometeram e cumpriram todas as promessas. Estes fatos
foram narrados pelo beato Alano, a quem a Virgem revelou o dramático episódio
da tempestade e a salvação dos piratas. Desse modo nasceu o Rosário, sendo que
além de beato Alano, frei André Coppenstein no seu tratado sobre o Rosário e
frei Giovanni Michele Pio na “Progênie da Ordem” enquanto outros historiadores
argumentam que foi o próprio São Domingos a divulgar a devoção do Rosário na
França quando afrontava os hereges albigenses à conversão ao catolicismo.
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